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Mais um jornalista russo assassinado

Anatoly Voronin, director administrativo da agência noticiosa estatal Itar-Tass foi encontrado morto, na Segunda-feira transacta, no seu apartamento em Moscovo.

Embora o inquérito preliminar exclua, para já, a hipótese de o homicídio estar relacionado com a actividade profissional de Voronin, o incidente evoca, inevitavelmente, o assassinato por encomenda, apenas dez dias antes, da também jornalista Anna Politkovskaya, relançando o debate sobre a liberdade de expressão no país.

Estes não são, de todo, casos isolados. Desde que Vladimir Putin subiu ao poder em 2000, 12 jornalistas foram vítimas de homicídio – uma média de mais de dois e meio por ano. Segundo o Comité para Protecção dos Jornalistas, uma organização independente que actua no sentido de defender a liberdade de imprensa no mundo, “os casos de repressão de jornalistas continuam a aumentar” na Rússia, o que a coloca no quadro dos países onde o exercício do jornalismo é considerada uma actividade de risco.

Esta categoria é liderada pelo Iraque, que em 2003 perdeu pelo menos 16 profissionais da imprensa. Neste elenco encontram-se, ainda no médio Oriente, a Líbia e o Líbano; alguns países da América Latina; e também a China, Cuba, as Filipinas e o Cazaquistão. Na edição de 2006 do relatório anual “Ataques à Imprensa”, o Comité identifica, para além dessas, três novas regiões problemáticas: o Nepal, o Uzbequistão e a Etiópia. Este relatório é “amplamente reconhecido como a mais confiável fonte de informação sobre o panorama da liberdade imprensa em todo o mundo” (in Observatório da Imprensa).