domingo, outubro 29

Peditório Anual da Liga Portuguesa Contra o Cancro

Decorrerá, nos próximos dias 1 a 4 de Novembro, pelas mãos de 5 mil voluntários e em todo o território nacional, o peditório anual da Liga Portuguesa Contra o Cancro (LPCC).
Esta Instituição, fundada em 1941 por proposta do Prof. Dr. Francisco Gentil, é uma Associação Cultural e de Serviço Social, declarada de utilidade pública no ano de 1985, com uma vasta acção a nível nacional no que diz respeito à promoção da prevenção do cancro, ao apoio social e humanização da assistência ao doente do foro oncológico e à formação e investigação em oncologia.
Os peditórios anuais representam cerca de 90% das suas fontes de financiamento, e Manuela Rilvas, Presidente da LPCC, afirma em comunicado, citado pela Lusa, que o montante recolhido este ano vai ser aplicado “em actividades de rastreio do cancro da mama, investigação, acção social e de acompanhamento de doentes e familiares, campanhas de informação e prevenção, cuidados paliativos e luta anti-tabágica, entre outros projectos”.
De relembrar que nos países desenvolvidos o cancro é a segunda maior causa de morte, e em Portugal este flagelo atinge cerca de 20 mil pessoas.

O caso dos exames nacionais

No mês de Julho, o Ministério da Educação decidiu dar uma segunda oportunidade aos alunos do 12º ano que fizeram os exames de Química e Física na 1ª fase. Uma aluna de Coimbra que o realizou na 2ª fase não teve direito a essa oportunidade. Protestou e agora o tribunal deu-lhe razão.
O Ministério da Educação permitiu que os estudantes do 12º ano que realizaram os exames nacionais de Química e Física na 1ª fase os repetissem na 2ª, podendo ainda candidatar-se à 1ª fase do concurso de acesso ao Ensino Superior. Este facto deu origem à apresentação de dezenas de providências cautelares por todo o país.
Uma aluna que tinha resolvido, por uma questão de estratégia pessoal, fazer o exame de Biologia na 1ª fase e o de Química na 2ª, obteve, neste último, uma classificação de 12,9 valores, facto que comprometeu o seu ingresso no Ensino Superior. Como ressalva candidatou-se ao curso de Farmácia, na Universidade de Coimbra, ao mesmo tempo que esperava os resultados da acção administrativa especial que interpôs ao Ministério da Educação e ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior.
O Tribunal Administrativo e Fiscal de Coimbra condenou os dois ministérios: o da Educação com a realização de um novo exame num prazo de 15 dias; e o da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior a criar uma vaga adicional no curso de Medicina, no caso da aluna conseguir uma média de classificação igual ou superior ao último candidato admitido neste curso, este ano lectivo (Sic Online).
Segundo noticiou o jornal Expresso, o "Provedor de Justiça recomendou "vivamente" que se criassem vagas adicionais "como resposta à injustiça" do estatuto de excepção previsto para Química e Física".
Apesar de tudo, os ministérios podem ainda recorrer da decisão.

quarta-feira, outubro 25

Porto e Sporting partilham liderança do campeonato.

No passado domingo o actual campeão nacional e o Sporting saíram de Alvalade com um ponto, partilhando assim a liderança do campeonato.
Embora o desafio não tenha sido de grande qualidade, é de realçar a excelente prestação de jogadores tais como o guarda-redes do FCP:Helton; Djaló e R. Quaresma.
Relativamente ao encontro de Alvalade propriamente dito, este foi principalmente marcado pelos numerosos erros defensivos. À esta menos boa exibição os adeptos reagiram com assobios.
O importantíssimo jogo, que poderia ter influenciado a liderança do campeonato português, ficou resolvido em lances infelizes das defesas. Djaló e Quaresma foram, como já foi dito anteriormente, as figuras do jogo, sendo estes os protagonistas dos golos do encontro.
Apesar dos anfitriões tentaram dominar o jogo, só conseguiram ultrapassar a organização portista ao minuto 43 quando Djaló, cabeceando e aproveitando a desatenção portista, inaugurou o marcador. Após o intervalo o Futebol Clube do Porto iguala o resultado através do jogador Quaresma.
No final do jogo as opiniões dos treinadores eram divergentes. Diz Jesualdo Ferreira: “Podíamos ter ganho”(in site fcp). Quanto a Paulo Bento, este afirma com convicção: “Só o Sporting quis ganhar este jogo” (in Correio da Manhã)

sábado, outubro 21

Portugal e Espanha: um só país?

Grande parte do povo espanhol tem uma opinião favorável quanto à junção de Portugal e Espanha. Defendem que o novo país se deveria chamar “Espanha” e a sua capital “Madrid”. Estes resultados surgem depois de uma sondagem realizada para a revista de informação espanhola Tiempo.
Efectuada pelo instituto de sondagens Ipsos, verificou-se, nesta sondagem, que quase metade dos espanhóis (45,7%) apoia a fusão dos dois países. Na sua maioria (43,4%), os inquiridos defendem que o novo estado se deve chamar “Espanha”, contrariamente a 39,4% que apoiam o nome “Ibéria”.
No que diz respeito à capital deste novo país, 3,3% das pessoas que aceitaram colaborar nesta pesquisa preferiam Lisboa, enquanto que 80% elegem Madrid.
Cerca de metade dos indagados defende que no novo estado deveria vigorar o regime monárquico, tal como o do rei Juan Carlos em Espanha, no entanto, para 30,2%, o novo país deveria ser regido sob a forma de república.
Como forma de transpor este cenário para aquilo que se passa, a revista Tiempo visitou duas aldeias vizinhas: Rionor de Bragança (em Portugal), e Rihinor de Castela (em Espanha), localidades que contam com uma fronteira figurada, cuja única divisão evidente é o rio que as separa.
É de ressalvar que estas sondagens surgiram após o semanário português Sol ter revelado que 28% dos portugueses são adeptos de tal união.

quinta-feira, outubro 19

Violência Doméstica sem travão

No momento presente discute-se, em Portugal e no mundo, uma “nova” forma de Violência Doméstica: quase todos os dias há pais que são vítimas de violência por parte dos filhos. Nos últimos seis anos foram registados mais de dois mil casos. “Estes registos de violência, também ela doméstica, são ainda uma realidade escamoteada pela vergonha e pela culpa”, sustenta Helena Sampaio, psicóloga da APAV, em declarações ao PortugalDiário.
Esta violência pode ocorrer sob as mais diversas formas, desde os maus tratos, quer físicos, quer psíquicos ou emocionais, até às ameaças e agressões físicas com maior ou menor gravidade.
As causas deste tipo de criminalidade nunca são únicas ou estanques, conforme explica Helena Sampaio: “Como nos outros crimes de violência doméstica, é uma junção de factores que leva a esta realidade. No entanto, na maioria dos nossos processos a toxicodependência surge como catalisador destas agressões”. Outros agentes, como perturbações mentais e comportamentais, desejo precoce de independência, conflitos de gerações ou situação financeira são também predisponentes para este tipo de acontecimentos.
Neste tipo de violência doméstica, como em todos os outros, a solução passa muitas vezes pelas mãos de familiares e vizinhos. Há uns anos atrás, apenas certas Organizações Não Governamentais davam o seu apoio às vítimas. Hoje, a lei mudou e a violência doméstica já é considerada crime público, o que permite que cada um de nós possa interceder e denunciar, de forma anónima, estes casos.

World (im)Press Photo

Fundada em 1955 em Amesterdão, a World Press Photo tem por objectivo apoiar e promover o trabalho de profissionais do fotojornalismo internacional, propósito alcançado através da realização anual do maior e mais prestigiado concurso internacional de fotografia, que este ano realizou a sua 49ª edição.

A cada nova edição, as fotografias vencedoras são publicadas num livro e apresentadas numa exposição itinerante que percorre cerca de 75 cidades em mais de 40 países.

A par destas iniciativas, esta organização desenvolve e promove projectos educacionais relacionados com o que de mais recente se tem feito no fotojornalismo.

Este ano, de entre as 90 mil fotografias em concurso, apresentadas por 4448 fotografos profissionais de 122 países, o prémio foi atribuído ao canadiano Finnbar O`Reilly, da Agência Reuters, com a imagem da mão de uma criança desnutrida pousada nos lábios da sua mãe, enquanto esperam por ajuda num centro de alimentação de emergência no noroeste de Níger.

Em declarações à Agência Lusa, Elisabeth Schouten, comissária da World Press Photo 2006, salientou que a fotografia fora premiada “pela sua criatividade visual e por colocar uma situação de forma tão subtil que nos atrai para tentar saber mais”. Opinião partilhada pelo presidente do júri, James Colton, para quem a imagem vencedora “tem tudo – beleza, horror e desespero. É simples, elegante e comovente."

Esta e outras imagens que retratam acontecimentos mundiais marcantes, como o furacão Katrina nos Estados Unidos, o Tsunami no sudeste asiático, a violência das guerrilhas na Guatemala ou a fome e a miséria em alguns países africanos, encontram-se em exposição no Centro Cultural de Belém (CCB) até ao dia 22 de Outubro.

Liliana Marinho

quarta-feira, outubro 18

Mais um jornalista russo assassinado

Anatoly Voronin, director administrativo da agência noticiosa estatal Itar-Tass foi encontrado morto, na Segunda-feira transacta, no seu apartamento em Moscovo.

Embora o inquérito preliminar exclua, para já, a hipótese de o homicídio estar relacionado com a actividade profissional de Voronin, o incidente evoca, inevitavelmente, o assassinato por encomenda, apenas dez dias antes, da também jornalista Anna Politkovskaya, relançando o debate sobre a liberdade de expressão no país.

Estes não são, de todo, casos isolados. Desde que Vladimir Putin subiu ao poder em 2000, 12 jornalistas foram vítimas de homicídio – uma média de mais de dois e meio por ano. Segundo o Comité para Protecção dos Jornalistas, uma organização independente que actua no sentido de defender a liberdade de imprensa no mundo, “os casos de repressão de jornalistas continuam a aumentar” na Rússia, o que a coloca no quadro dos países onde o exercício do jornalismo é considerada uma actividade de risco.

Esta categoria é liderada pelo Iraque, que em 2003 perdeu pelo menos 16 profissionais da imprensa. Neste elenco encontram-se, ainda no médio Oriente, a Líbia e o Líbano; alguns países da América Latina; e também a China, Cuba, as Filipinas e o Cazaquistão. Na edição de 2006 do relatório anual “Ataques à Imprensa”, o Comité identifica, para além dessas, três novas regiões problemáticas: o Nepal, o Uzbequistão e a Etiópia. Este relatório é “amplamente reconhecido como a mais confiável fonte de informação sobre o panorama da liberdade imprensa em todo o mundo” (in Observatório da Imprensa).

Greve mobiliza milhares de professores

Ontem, dia 17 de Outubro, professores e educadores aderiram a mais uma greve nacional. Contrariando as expectativas do Ministério da Educação (que apontava para uma taxa de participação entre os 30 e os 53 por cento), 85 por cento da população educativa aderiu ao primeiro dia deste movimento. Procurava -se resistir à proposta do Ministério da Educação de revisão do estatuto da carreira docente. Apesar de o Sindicato dos Professores e o Ministério da Educação não encontrarem um consenso quanto à percentagem de adesão a este movimento, várias escolas e jardins-de-infância encerraram. Na região centro registou-se uma taxa de adesão ao movimento de cerca de 90 por cento, «significativamente superior à realizada em 18 de Novembro de 2005, que foi considerada a maior manifestação desde que esta equipa ministerial está em funções» afirmaram os sindicatos. Em paralelo com o centro do país, na Grande Lisboa, verificou-se que 85 por cento do corpo educativo aderiu à greve, contrastando assim com o Alentejo e a região do Algarve que registaram uma taxa de adesão de 80 por cento. Foi nos arquipélagos da Madeira e dos Açores que se registou uma menor taxa de adesão, que variou entre os 50 e os 60 por cento. Como consequência, por todo o país, encerraram-se várias escolas. Segundo foi noticiado, esta greve nacional, decretada a 5 de Outubro, será, então, a segunda reacção face à proposta da ECD. Nesta procurar-se-á impedir a divisão da profissão em duas categorias entre outras coisas.
Joana Patrão

segunda-feira, outubro 16

Professora sob ameaça

Uma docente de uma Escola do Ensino Básico,1º ciclo, do Concelho de Vila Nova de Famalicão interceptou, no decorrer de uma aula, uma mensagem escrita que circulava entre duas alunas e na qual podia ler-se “Provoca a professora. Ela assim dá-te um estalo e é despedida”.

A minha estupefacção” – afirma a professora, que pretende manter-se incógnita com receio de represálias – “não podia ser maior. Repreendi as alunas em questão e fiz chegar de imediato a missiva à Sede do Agrupamento de Escolas, para análise pelo Conselho Pedagógico”. O resultado, espera-se, será nulo.

Numa altura em que os professores vivem em permanente alvoroço com a actual revisão do Estatuto da Carreira Docente, considerada pelo Governo como “uma oportunidade fundamental para reforçar as estratégias de promoção do sucesso escolar” e combate à indisciplina, proliferam por todo o país exemplos desta mesma indisciplina, o que se vem traduzindo em insucesso e insegurança nas escolas. Os três “ii” (insucesso, insegurança e indisciplina) da Educação parecem estar longe de ver o seu fim, constituindo uma ameaça cada vez maior à alfabetização em Portugal.

"Levanta-te contra a pobreza"

Decorreu, entre as 11h de ontem e as 11h de hoje, a iniciativa de âmbito mundial “Levanta-te contra a pobreza”, que pretendia estabelecer um novo record para o Guiness como “a maior mobilização de sempre na história da luta contra a pobreza no mundo", segundo noticiou o Público.

Nessas 24h horas, milhares de pessoas ao redor de todo o mundo levantaram-se durante um minuto numa acção de solidariedade e sensibilização em relação a este flagelo que afecta actualmente cerca de 1,2 mil milhões de pessoas, o que significa que um quinto da população mundial sobrevive diariamente com menos de 0’85€.

Em Portugal, escolas, universidades, câmaras municipais e outras entidades ou grupos particulares aderiram a esta iniciativa. Os números serão divulgados amanhã, Dia Internacional para Erradicação da Pobreza, pela ONU.

Este dia assinalará o compromisso assumido por 191 países na Cimeira do Milénio, realizada em 2000, e constante na Declaração do Milénio das Nações Unidas, de “reduzir para metade, até 2015, a percentagem de habitantes do planeta com rendimentos inferiores a um dólar por dia e a das pessoas que passam fome (…) e que não têm acesso a água potável ou carecem de meios para o obter”.