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Violência Doméstica sem travão

No momento presente discute-se, em Portugal e no mundo, uma “nova” forma de Violência Doméstica: quase todos os dias há pais que são vítimas de violência por parte dos filhos. Nos últimos seis anos foram registados mais de dois mil casos. “Estes registos de violência, também ela doméstica, são ainda uma realidade escamoteada pela vergonha e pela culpa”, sustenta Helena Sampaio, psicóloga da APAV, em declarações ao PortugalDiário.
Esta violência pode ocorrer sob as mais diversas formas, desde os maus tratos, quer físicos, quer psíquicos ou emocionais, até às ameaças e agressões físicas com maior ou menor gravidade.
As causas deste tipo de criminalidade nunca são únicas ou estanques, conforme explica Helena Sampaio: “Como nos outros crimes de violência doméstica, é uma junção de factores que leva a esta realidade. No entanto, na maioria dos nossos processos a toxicodependência surge como catalisador destas agressões”. Outros agentes, como perturbações mentais e comportamentais, desejo precoce de independência, conflitos de gerações ou situação financeira são também predisponentes para este tipo de acontecimentos.
Neste tipo de violência doméstica, como em todos os outros, a solução passa muitas vezes pelas mãos de familiares e vizinhos. Há uns anos atrás, apenas certas Organizações Não Governamentais davam o seu apoio às vítimas. Hoje, a lei mudou e a violência doméstica já é considerada crime público, o que permite que cada um de nós possa interceder e denunciar, de forma anónima, estes casos.