360°

Montalegre recebe, entre os próximos dias 18 a 21 de Janeiro, a 16ª Feira do Fumeiro e do Presunto do Barroso, que irá colocar à venda milhares de presuntos e toneladas de enchidos, bem como o pão, os legumes e ainda alguns temperos característicos daquela região transmontana.

Organizada, como vem sendo habitual, pela Câmara Municipal da vila e pela Associação dos Produtores de Fumeiro da Terra Fria Barrosã, a feira decorrerá pelo segundo ano no novo Parque de Exposições e Feiras de Montalegre.

O certame contará com a presença de mais de uma centena de produtores inscritos e os organizadores esperam que sejam vendidas 60 toneladas de produtos, com o volume de negócios a atingir um milhão e 250 mil euros.

O retomar de uma tradição e de um modus vivendis típico e característico das gentes de montanha, sempre ligadas à produção de animais para sustento da casa, foi um dos principais objectivos da criação da Feira do Fumeiro e do Presunto em Montalegre, que tem vindo a ser considerada como um dos ex-libris da vila.

As autoridades de saúde de Portugal e Espanha decidiram ontem fazer no segundo semestre deste ano um teste conjunto aos seus planos nacionais de saúde contra uma eventual pandemia da gripe a fim de melhorar a articulação entre os dois países, noticiou o Diário Digital de hoje.

A decisão resultou do primeiro encontro da Comissão de Acompanhamento Paritária criada no âmbito da cooperação luso-espanhola em matéria de Saúde, que decorreu ontem em Évora, e onde foi também reafirmada a necessidade de «estreitar a colaboração em matéria de políticas farmacêuticas e de investigação biomédica» entre ambas as nações.

De acordo com informação da agência Lusa, citada pelo Diário Digital, as delegações dos dois países debateram ainda modelos globais de promoção da saúde, nomeadamente nas áreas do tabagismo e obesidade, bem como uma «estratégia de promoção da cooperação transfronteiriça de âmbito regional, designadamente entre as comunidades autónomas de Espanha e as administrações regionais de saúde de Portugal».

De recordar que a gripe é uma doença infecciosa altamente contagiosa causada por um vírus chamado Influenza. Evolui, na generalidade, de forma benigna, sem necessidade de grandes medidas terapêuticas. No entanto, a Organização Mundial de Saúde (OMS) desenvolveu um programa de vigilância mundial de gripe em 1947 a fim de controlar esta doença. Há mais de trinta anos que não ocorre uma pandemia, mas está-se ciente que só a prevenção e a vigilância a nível mundial poderão atenuar as suas consequências.

Crianças vítimas de abuso ou negligência têm maior propensão a tornar-se em adultos gravemente deprimidos, aponta um estudo recentemente divulgado nos EUA.

Os investigadores compararam cerca de 680 crianças que foram negligenciadas e/ ou abusadas antes dos 11 anos de idade com 520 crianças de similar idade, raça, sexo e posição social que não o foram. Ambos os grupos foram seguidos desde a adolescência até depois dos 29 anos.

No final do estudo, foi possível concluir que crianças que foram abusadas fisicamente, negligenciadas ou ambas apresentaram uma probabilidade 75 por cento mais alta de sofrer depressão em adultos.

«Estes resultados sublinham a necessidade de detectar e tratar os efeitos psicológicos da violência a longo prazo nestas crianças», afirmou a responsável pela pesquisa, Cathy Spatz Widom, da New Jersey Medical School, em Newark.

Trabalhos anteriores haviam já relacionado abuso e negligência com depressão grave, mas os investigadores consideram que este estudo é o primeiro a poder concluir com alta margem de segurança que a depressão pode ser consequência destes acontecimentos na infância.

A depressão é uma doença mental que se caracteriza por tristeza mais marcada ou prolongada, perda de interesse por actividades habitualmente sentidas como agradáveis e perda de energia ou cansaço fácil.

A depressão pode ser episódica, recorrente ou crónica, e conduz à diminuição substancial da capacidade do indivíduo em assegurar as suas responsabilidades do dia-a-dia. Pode afectar pessoas de todas as idades, desde a infância à terceira idade.

Esta patologia é mais comum nas mulheres do que nos homens: um estudo realizado pela Organização Mundial de Saúde, em 2000, mostrou que a prevalência de episódios de depressão é de 1,9 por cento nos homens e de 3,2 por cento nas mulheres.