PJ afirma que a criança inglesa desaparecida no Algarve terá sido raptada
Guilhermino Encarnação, Director nacional adjunto e responsável pela directoria de Faro da Polícia Judiciária (PJ), afirmou hoje, em conferência de imprensa, poder assegurar que Madeleine, a criança inglesa desaparecida quinta-feira à noite, terá sido raptada.
Sem especificar os elementos ou indícios na posse da PJ que poderão suportar tal afirmação, Guilhermino Encarnação disse que a polícia "tem elementos que asseguram o rapto", não acrescentando quaisquer outros dados por recear colocar em risco a vida da criança.
Guilhermino Encarnação assegurou que as buscas têm sido incessantes desde que foi comunicado às autoridades o desaparecimento da menina, participando nas mesmas cerca de 150 homens da Guarda Nacional Republicana, PJ (incluindo elementos da polícia científica), Polícia Marítima, Polícia de Segurança Pública, Bombeiros e Serviço Nacional de Protecção Civil. A estes juntam-se também delegações da Europol, Interpol e Polícia britânica.
Todas as fronteiras portuguesas e aeroportos europeus se encontram de sobreaviso, bem como na posse de vários elementos que permitem identificar a criança desaparecida.
Até ao momento não foi efectuado qualquer pedido de resgate, mas o director da PJ relembrou que este tipo de crime nem sempre é para pedido de resgate, incluindo também os crimes de prática sexual.
A menina britânica desapareceu quinta-feira à noite do complexo turístico "Ocean Club", na praia da Luz em Lagos, Algarve, enquanto dormia na companhia de mais dois irmãos e os pais jantavam num restaurante a cerca de 50 metros do local. O desaparecimento foi comunicado pelos progenitores, que quando regressaram ao apartamento depois do jantar deram pela falta da criança.
O complexo turístico em questão não tem qualquer sistema de segurança ou vigilância. O responsável por esta unidade hoteleira afirma, no entanto, que a mesma dispõe de um serviço de babysitting que não foi requisitado pelos pais da criança, razão por que aponta este desaparecimento como causado por um descuido dos pais e não por uma falha na segurança.
(foto: SIC)