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Abusos e negligência: depressão como consequência a longo prazo

Crianças vítimas de abuso ou negligência têm maior propensão a tornar-se em adultos gravemente deprimidos, aponta um estudo recentemente divulgado nos EUA.

Os investigadores compararam cerca de 680 crianças que foram negligenciadas e/ ou abusadas antes dos 11 anos de idade com 520 crianças de similar idade, raça, sexo e posição social que não o foram. Ambos os grupos foram seguidos desde a adolescência até depois dos 29 anos.

No final do estudo, foi possível concluir que crianças que foram abusadas fisicamente, negligenciadas ou ambas apresentaram uma probabilidade 75 por cento mais alta de sofrer depressão em adultos.

«Estes resultados sublinham a necessidade de detectar e tratar os efeitos psicológicos da violência a longo prazo nestas crianças», afirmou a responsável pela pesquisa, Cathy Spatz Widom, da New Jersey Medical School, em Newark.

Trabalhos anteriores haviam já relacionado abuso e negligência com depressão grave, mas os investigadores consideram que este estudo é o primeiro a poder concluir com alta margem de segurança que a depressão pode ser consequência destes acontecimentos na infância.

A depressão é uma doença mental que se caracteriza por tristeza mais marcada ou prolongada, perda de interesse por actividades habitualmente sentidas como agradáveis e perda de energia ou cansaço fácil.

A depressão pode ser episódica, recorrente ou crónica, e conduz à diminuição substancial da capacidade do indivíduo em assegurar as suas responsabilidades do dia-a-dia. Pode afectar pessoas de todas as idades, desde a infância à terceira idade.

Esta patologia é mais comum nas mulheres do que nos homens: um estudo realizado pela Organização Mundial de Saúde, em 2000, mostrou que a prevalência de episódios de depressão é de 1,9 por cento nos homens e de 3,2 por cento nas mulheres.