Investigação demonstra correlação entre malária e SIDA
Um estudo realizado pelo Fred Hutchinson Cancer Research Center da Universidade de Washington sugere que a elevada incidência de Malária e de SIDA na África Subsaariana pode dever-se à forma como ambas as epidemias interagem no ser humano, relata a BBC.
A pesquisa, levada a cabo no Malawi e no Quénia, demonstrou que para além de os seropositivos serem mais susceptíveis de contrair malária, uma vez que o seu sistema imunitário se encontra mais debilitado, esta última provoca a multiplicação dos vírus do HIV no sangue.
«O número do vírus HIV aumentava na corrente sanguínea dos adultos infectados com o vírus, quando tinham malária», revela James Kublin, co-autor do estudo, em declarações à BBC.
"Este co-factor biológico induzido pelo paludismo (outra designação para a malária) contribui consideravelmente para a disseminação do vírus da Sida, aumentando a probabilidade de transmissão do vírus por cada relação sexual", acrescenta Laith Abu-Raddad, um outro autor, conforme citação do JN.
Os investigadores calculam que cerca de 5% do total das infecções do HIV e 10% dos casos de malária nessas regiões podem ser atribuídos a esse padrão de infecção correlacionada.
Estes resultados alertam para a necessidade de desenvolver um programa de combate conjugado e simultâneo às duas doenças.