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Peixe perece às mãos do Homem

A quantidade de peixe no mar deverá esgotar-se até ao ano de 2048 caso se mantenham os actuais níveis de extinção desta espécie marinha, revela um estudo divulgado hoje pela revista americana Science.

Não se sabe quantos peixes nadam nos mares. Certo é que as suas populações têm vindo a ser dizimadas nas últimas décadas, e de acordo com um levantamento feito por uma equipa internacional de cientistas, coordenado por Boris Worm, da Universidade Dalhousie, no Canadá, os stocks de peixe já diminuíram cerca de 33% nos últimos anos, uma taxa que continua a aumentar. Entre os anos de 1994 e 2003 verificou-se a existência de uma queda de 13% no total de pescado no mundo.

Aliadas à pesca desenfreada e muitas vezes contra a legislação existente, também as actuais alterações climatéricas são susceptíveis de interferir na extinção desta espécie animal, ao impedir os sobreviventes de restabelecer as suas quantidades iniciais. No entanto, os cientistas acreditam que ainda é possível inverter esta tendência, se forem criadas convenções internacionais adequadas que determinem quotas de pesca apropriadas para cada espécie de peixe e alargadas as áreas protegidas nos oceanos.

Está nas mãos dos governos de todo o mundo salvaguardar agora o futuro dos peixes, porque de contrário esta importante fonte de proteínas na alimentação humana diminuirá abaixo do nível de recuperação possível.

O presente estudo alerta também para a probabilidade de que a diminuição da biodiversidade possa vir a conduzir ao encerramento de mais áreas de praia, aumento das inundações e disseminação de algas potencialmente nocivas para o Homem.