Fundada em 1955 em Amesterdão, a World Press Photo tem por objectivo apoiar e promover o trabalho de profissionais do fotojornalismo internacional, propósito alcançado através da realização anual do maior e mais prestigiado concurso internacional de fotografia, que este ano realizou a sua 49ª edição.
A cada nova edição, as fotografias vencedoras são publicadas num livro e apresentadas numa exposição itinerante que percorre cerca de 75 cidades em mais de 40 países.
A par destas iniciativas, esta organização desenvolve e promove projectos educacionais relacionados com o que de mais recente se tem feito no fotojornalismo.
Este ano, de entre as 90 mil fotografias em concurso, apresentadas por 4448 fotografos profissionais de 122 países, o prémio foi atribuído ao canadiano Finnbar O`Reilly, da Agência Reuters, com a imagem da mão de uma criança desnutrida pousada nos lábios da sua mãe, enquanto esperam por ajuda num centro de alimentação de emergência no noroeste de Níger.
Em declarações à Agência Lusa, Elisabeth Schouten, comissária da World Press Photo 2006, salientou que a fotografia fora premiada “pela sua criatividade visual e por colocar uma situação de forma tão subtil que nos atrai para tentar saber mais”. Opinião partilhada pelo presidente do júri, James Colton, para quem a imagem vencedora “tem tudo – beleza, horror e desespero. É simples, elegante e comovente."
Esta e outras imagens que retratam acontecimentos mundiais marcantes, como o furacão Katrina nos Estados Unidos, o Tsunami no sudeste asiático, a violência das guerrilhas na Guatemala ou a fome e a miséria em alguns países africanos, encontram-se em exposição no Centro Cultural de Belém (CCB) até ao dia 22 de Outubro.
Liliana Marinho
Anatoly Voronin, director administrativo da agência noticiosa estatal Itar-Tass foi encontrado morto, na Segunda-feira transacta, no seu apartamento em Moscovo.
Embora o inquérito preliminar exclua, para já, a hipótese de o homicídio estar relacionado com a actividade profissional de Voronin, o incidente evoca, inevitavelmente, o assassinato por encomenda, apenas dez dias antes, da também jornalista Anna Politkovskaya, relançando o debate sobre a liberdade de expressão no país.
Estes não são, de todo, casos isolados. Desde que Vladimir Putin subiu ao poder em 2000, 12 jornalistas foram vítimas de homicídio – uma média de mais de dois e meio por ano. Segundo o Comité para Protecção dos Jornalistas, uma organização independente que actua no sentido de defender a liberdade de imprensa no mundo, “os casos de repressão de jornalistas continuam a aumentar” na Rússia, o que a coloca no quadro dos países onde o exercício do jornalismo é considerada uma actividade de risco.
Esta categoria é liderada pelo Iraque, que em 2003 perdeu pelo menos 16 profissionais da imprensa. Neste elenco encontram-se, ainda no médio Oriente, a Líbia e o Líbano; alguns países da América Latina; e também a China, Cuba, as Filipinas e o Cazaquistão. Na edição de 2006 do relatório anual “Ataques à Imprensa”, o Comité identifica, para além dessas, três novas regiões problemáticas: o Nepal, o Uzbequistão e a Etiópia. Este relatório é “amplamente reconhecido como a mais confiável fonte de informação sobre o panorama da liberdade imprensa em todo o mundo” (in Observatório da Imprensa).
Uma docente de uma Escola do Ensino Básico,1º ciclo, do Concelho de Vila Nova de Famalicão interceptou, no decorrer de uma aula, uma mensagem escrita que circulava entre duas alunas e na qual podia ler-se “Provoca a professora. Ela assim dá-te um estalo e é despedida”.
“A minha estupefacção” – afirma a professora, que pretende manter-se incógnita com receio de represálias – “não podia ser maior. Repreendi as alunas em questão e fiz chegar de imediato a missiva à Sede do Agrupamento de Escolas, para análise pelo Conselho Pedagógico”. O resultado, espera-se, será nulo.
Numa altura em que os professores vivem em permanente alvoroço com a actual revisão do Estatuto da Carreira Docente, considerada pelo Governo como “uma oportunidade fundamental para reforçar as estratégias de promoção do sucesso escolar” e combate à indisciplina, proliferam por todo o país exemplos desta mesma indisciplina, o que se vem traduzindo em insucesso e insegurança nas escolas. Os três “ii” (insucesso, insegurança e indisciplina) da Educação parecem estar longe de ver o seu fim, constituindo uma ameaça cada vez maior à alfabetização em Portugal.
Decorreu, entre as 11h de ontem e as 11h de hoje, a iniciativa de âmbito mundial “Levanta-te contra a pobreza”, que pretendia estabelecer um novo record para o Guiness como “a maior mobilização de sempre na história da luta contra a pobreza no mundo", segundo noticiou o Público.
Nessas 24h horas, milhares de pessoas ao redor de todo o mundo levantaram-se durante um minuto numa acção de solidariedade e sensibilização em relação a este flagelo que afecta actualmente cerca de 1,2 mil milhões de pessoas, o que significa que um quinto da população mundial sobrevive diariamente com menos de 0’85€.
Em Portugal, escolas, universidades, câmaras municipais e outras entidades ou grupos particulares aderiram a esta iniciativa. Os números serão divulgados amanhã, Dia Internacional para Erradicação da Pobreza, pela ONU.
Este dia assinalará o compromisso assumido por 191 países na Cimeira do Milénio, realizada em 2000, e constante na Declaração do Milénio das Nações Unidas, de “reduzir para metade, até