A percentagem de casos de VIH e Sida associados à toxicodependência, sobretudo ao consumo de droga pela via endovenosa, está a diminuir desde 2000, conclui o «Relatório Anual sobre a Situação do País em Matéria de Drogas e Toxicodependência» que é hoje divulgado em Lisboa.
«As doenças infecciosas entre as populações em tratamento no ano passado, os valores de positividade para o VIH, hepatites B e C e tuberculose enquadram-se, de um modo geral, nos padrões registados desde 2000», anuncia o documento do Instituto Nacional de Droga e Toxicodependência (IDT), cujos dados são relativos a 2005. «No âmbito das notificações do VIH/Sida, continua a decrescer a percentagem de casos associados à toxicodependência», acrescenta, conforme citação do PortugalDiário.
O presidente IDT, João Goulão, admite, no entanto, que estes resultados podem derivar de um subdiagnóstico relativo ao número de Consumidores de Droga Injectável (CDI), alertando que os números possam voltar a subir face a uma análise mais exaustiva.
Quanto às mortes relacionadas com o consumo de drogas, o relatório revela que «o número de casos positivos nos exames toxicológicos efectuados no instituto nacional de medicina legal aumentaram em 2005, contrariando assim a estabilização dos últimos três anos e a tendência decrescente iniciada em 2000», segundo apurou a edição do Público de hoje. A mesma fonte reporta que em cerca de 58% dos casos tratou-se de overdose. Na lista das substâncias responsáveis por este tipo de morte lideram «os opiáceos (147 casos), seguindo-se a cocaína (106) e os canabinóides (27 casos), representando, respectivamente, 67, 48 e 12 por cento das situações registadas em 2005». Detectou-se ainda a utilização conjunta destas substâncias com álcool e medicamentos em 23 e 16 por cento dos casos, respectivamente.
Segundo o Público «os utentes em tratamento da toxicodependência continuam a ser maioritariamente do sexo masculino e com idades entre os 25-39 anos, (…) baixas habilitações literárias e situações laborais precárias».
Na mesma edição, anuncia-se ainda que, no primeiro trimestre de 2007, Lisboa abrirá as portas a duas salas de injecção assistida, em regime experimental. (Ver o artigo na íntegra aqui)
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Finda a Semana Nacional da Agricultura Biológica, a Associação Interprofissional para a Agricultura Biológica (Interbio), responsável pela iniciativa, faz um balanço muito positivo do projecto, considerando ter sido um sucesso.
Entre os dias 18 e 26 de Novembro foram servidas no país cerca de sete mil refeições confeccionadas exclusivamente com produtos biológicos, conforme relata a edição do Público de hoje. O painél de actividades incluiu, para além da vertente degustativa, outras acções de promoção destes produtos, como visitas a unidades de produção, palestras, exposições e animações em mercados e outras superfícies comerciais.
O objectivo era, segundo a organização, divulgar, junto de potenciais produtores e consumidores, «os produtos biológicos, a enorme variedade de produtos que existem, as vantagens que têm para cada um e para o nosso mundo, como são produzidos, como são comercializados, como é controlado seu modo de produção, como distinguir um rótulo», bem como desmistificar a questão dos preços.
Entre quarta e quinta-feira, dias 22 e 23, respectivamente, a Universidade do Minho foi um dos palcos desta iniciativa. Com a colaboração do departamento de alimentação dos Serviços de Acção Social (SASUM), na quarta-feira foram servidas, ao almoço, nas cantinas da universidade, no Grill e no Restaurante Panorâmico, refeições 100% biológicas . À tarde, seguiu-se uma palestra sob o tema genérico “A Agricultura Biológica”, no Campus de Gualtar. No serão de quinta-feira, novo encontro, desta feita dedicado às potencialidades das algas atlânticas na alimentação.
A informação disponível no site da Interbio sugere que a Agricultura Biológica é, actualmente, uma área em ascensão no espaço europeu e que Portugal está a desenvolver esforços para acompanhar esse ritmo de crescimento. Aprovada em Junho transacto, a “Estratégia Nacional para o Desenvolvimento Sustentável” é um programa que, entre outros desígnios, pretende estender a superfície agrícola destinada à produção biológica dos 3,2% que ocupava em 2003, para 10% em 2013.
(Foto: http://interbio.naturlink.pt/semanabio.html)Com o cair da noite de hoje chegaram também as luzes de Natal à cidade de Braga. O Município local assinala, assim, o início da quadra festiva que se aproxima, cumprindo a tradição de ornamentar alguns dos principais espaços públicos da cidade.
Conforme afirmou Ana Paula Morais, Vereadora das Actividades Económicas da autarquia, em comunicado, o brilho e cor conferidos por estas iluminações e enfeites natalícios pretendem tornar ainda mais aprazível a circulação pelas ruas da cidade, bem como funcionar como chamariz para a deslocação das pessoas às áreas de comércio tradicionais.
Para isso, a par de um “presépio iluminado”, instalado frente à Arcada, nas proximidades do edifício do Banco de Portugal, o plano de ornamentações compreende ainda a iluminação das principais ruas do município e a decoração de quatro sítios dos principais acessos à cidade, nomeadamente as rotundas “de Santos da Cunha”, “de Infias”, “dos Peões” e “do Pópulo”.
A iniciativa, que tem o suporte financeiro exclusivo da Câmara Municipal, apresenta-se este ano «mais ambiciosa no que respeita ao trabalho plástico efectuado». De facto, os adornos projectados para este Natal revelam-se completamente inovadores relativamente às tradicionais ornamentações, o que acontece após um estudo de mercado, «para conhecer novos desenhos e a aplicação de novas tecnologias». «Desenvolve-se igualmente em novos espaços, que consideramos importantes para a imagem que se pretende mostrar da cidade neste contexto», afirma Ana Paula Morais.
De acordo com a mesma fonte, as más condições climatéricas verificadas nos últimos dias não permitiram que o plano de ornamentações fosse accionado no mesmo dia no seu todo, pelo que hoje foram iluminadas as principais artérias da cidade e nos próximos dias será a vez dos restantes espaços.
O Instituto Ibérico de Investigação e Desenvolvimento, a construir em Braga, onde está actualmente instalado o parque de diversões Bracalândia, entrará em funcionamento em 2009, anunciou hoje o ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Mariano Gago.
«Em 2007 avançar-se-á com o projecto de arquitectura e com o concurso público, em 2008 com a aquisição de equipamentos e o recrutamento de especialistas, de modo a que arranque em 2009», declarou o ministro, conforme citação do Diário Digital.
O centro de investigação constitui um projecto conjunto de Portugal e Espanha, acordado na cimeira luso-espanhola realizada em Novembro do ano transacto, e dedicar-se-á à área da Nanotecnologia e da Computação Avançada.
O novo pólo, cuja abertura estava inicialmente prevista para o próximo ano, será financiado pelos dois países em partes iguais. Prevê-se que os custos de instalação rondarão os 30 milhões de euros. O mesmo valor representa o custo anual de manutenção previsto.
As partes envolvidas ambicionam que o organismo se torne num núcleo de investigação de referência à escala internacional, constituindo um factor de desenvolvimento e dinamização do espaço luso-ibérico. "Um centro como este … terá tendência a atrair para a sua órbita a criação de muitas empresas. É um centro onde passarão muitos especialistas e que serão disputados pelas empresas para ali ir trabalhar. Muitos sairão do centro para criar empresas e é isso que dará a vantagem competitiva gigantesca a Portugal e Espanha, no sector", salienta o ministro, citado pela revista on-line Ciência Hoje. O entusiasmo é igualmente partilhado pelo autarca de Braga, Mesquita Machado.
As universidades sairão igualmente beneficiadas pelo projecto, “quer pela investigação que faz, quer pelos peritos que atrai e pelas oportunidades de emprego e estágio que proporciona», assinalou Mariano Gago.
Jovens estudantes japoneses ameçam suicidar-se por não suportarem as práticas abusivas das praxes, noticia o jornal Público de hoje. Atráves de cartas anónimas endereçadas ao Ministério da Educação, os estudantes fazem saber que os maus tratos que lhes são infligidos nas praxes e a violência de que são alvo nas escolas por parte dos colegas, os levarão a atentar contra a própria vida. "Os professores não fazem nada. Quando esta carta chegar aí talvez eu já esteja morto", escreveu um autor anónimo de uma das 16 cartas. Este comportamento dos jovens está a preocupar as autoridades que temem não ter mecanismos de resposta na eventualidade de uma reacção em cadeia por parte da opinião pública. A mesma preocupação mostrou o ministro da Educação, Bunmei Ibuku, ao apelar à calma dos possíveis suicídas dizendo que "o suicídio não resolve nada". Na tentativa de travar esta onda de suicídios, foi aberto um inquérito que visa averiguar eventuais casos de perseguição nos estabelecimentos de ensino. Embora de menores repercussões, também em Portugal as situações de violência nos estabelecimentos de ensino se estão a tornar uma prática corrente. Um inquérito realizado pela Deco Proteste a alunos do Agrupamento de Escolas de São Martinho do Porto entre Fevereiro e Abril deste ano, revela que metade dos inquiridos declara ter sido vítima de violência nos estabelecimentos de ensino ou no caminho até à escola.“Não são só os roubos que perturbam, mas também outro tipo de ameaças, como o gozo ou a discriminação”, refere a publicação.
Liliana Marinho
Um relatório divulgado ontem pelo Fundo Mundial para a Vida Selvagem (World Wildlife Fund) alertou para o facto de mais de um terço das espécies de aves europeias poder desaparecer, caso a temperatura do planeta aumente mais de 1,2 graus.Segundo o mesmo relatório, "Poderão desaparecer até 38 por cento de espécies de aves na Europa e 72 por cento no norte da Austrália se o aquecimento global ultrapassar os dois graus".
Já desde finais do século XIX, a temperatura global da Terra aumentou, pelo menos, 0,8 graus devido, essencialmente, às emissões de gases com efeito de estufa (GEE) e, simultaneamente, à queima de combustíveis fósseis, como o gás, o carvão e o petróleo.
Os resultados de um relatório encomendado pelo comissariado de Informação britânico apontam a Grã-Bretanha como o país mais monitorizado no Ocidente industrializado, anuncia a BBC.
Para além das 4,2 milhões de câmaras de circuito fechado activadas, o que corresponde a uma proporção de uma câmara para catorze pessoas, os sistemas de vigilância incluem tecnologias de vanguarda como cartões de fidelidade e sistemas de satélite. Estas técnicas são usadas não só em espaços públicos como medida de segurança, mas também para monitorizar os movimentos, a produtividade no trabalho e os hábitos de consumo das pessoas, bem como para localizar a frota das empresas. O tráfego das telecomunicações britânicas não é também imune a estas diligências, estando o seu controlo a cargo da Agencia Americana de Segurança Nacional.
O estudo prevê um aumento dos níveis de vigilância na próxima década.
A publicação deste relatório coincidiu com a divulgação de uma lista do grupo de direitos humanos Privacidade Internacional, em que a Grã-Bretanha apresenta o mais baixo nível de protecção à privacidade individual entre as democracias ocidentais.
À luz destas informações, o cenário imaginado por George Orwell em “Mil Novecentos e Oitenta e Quatro” não parecerá de todo descontextualizado. E já lá vão cerca de 6 décadas.
De facto, apesar de ter originado polémica e ter motivado o debate sobre o direito e a protecção à privacidade, a questão lançada pelo relatório britânico não é nova e não diz respeito apenas à Grã-Bretanha.
O risco da instauração de “sociedades de controlo” apoiadas nas tecnologias inspirou já grandes obras de ficção: na literatura, a primeira referência será, certamente, o romance de George Orwell supra-referenciado; na sétima arte, listam-se «Matrix», «I Robot», «Inteligência Artificial», ou «Relatório Minoritário». A todos é comum o alerta para o perigo de, sob o pretexto da segurança, se subverterem os princípios de direito à liberdade e à privacidade.
Em Portugal, a divulgação pública de escutas telefónicas e de segredos de justiça, bem como a proposta de instalação de câmaras de vigilância nos táxis, são questões que têm proporcionado o debate sobre a protecção da privacidade individual.
(Foto: http://www.afriquecentrale.info/data/images/image_misc_name_9278.jpg)
A quantidade de peixe no mar deverá esgotar-se até ao ano de 2048 caso se mantenham os actuais níveis de extinção desta espécie marinha, revela um estudo divulgado hoje pela revista americana Science.
Não se sabe quantos peixes nadam nos mares. Certo é que as suas populações têm vindo a ser dizimadas nas últimas décadas, e de acordo com um levantamento feito por uma equipa internacional de cientistas, coordenado por Boris Worm, da Universidade Dalhousie, no Canadá, os stocks de peixe já diminuíram cerca de 33% nos últimos anos, uma taxa que continua a aumentar. Entre os anos de 1994 e 2003 verificou-se a existência de uma queda de 13% no total de pescado no mundo.
Aliadas à pesca desenfreada e muitas vezes contra a legislação existente, também as actuais alterações climatéricas são susceptíveis de interferir na extinção desta espécie animal, ao impedir os sobreviventes de restabelecer as suas quantidades iniciais. No entanto, os cientistas acreditam que ainda é possível inverter esta tendência, se forem criadas convenções internacionais adequadas que determinem quotas de pesca apropriadas para cada espécie de peixe e alargadas as áreas protegidas nos oceanos.
Está nas mãos dos governos de todo o mundo salvaguardar agora o futuro dos peixes, porque de contrário esta importante fonte de proteínas na alimentação humana diminuirá abaixo do nível de recuperação possível.
O presente estudo alerta também para a probabilidade de que a diminuição da biodiversidade possa vir a conduzir ao encerramento de mais áreas de praia, aumento das inundações e disseminação de algas potencialmente nocivas para o Homem.